sábado, 28 de setembro de 2013

Pedra Grande - Atibaia, SP - Brasil

Como não conseguimos atingir nosso objetivo no pedal passado, repetimos a dose este sábado.
Quase todos novamente para completar a Pedra Grande em Atibaia.
Foi unânime que sem as abelhas a trilha fica mais fácil... com um pouco menos de adrenalina, mas bem mais fácil! Decidimos fazer sempre sem abelhas daqui pra frente!


No começo as subidas não judiam muito... acho que de propósito para ninguém desistir logo de cara. Fomos conversando boa parte do caminho!
A vegetação típica e mesmo com estradão, o passeio estava muito prazeroso!
Na divulgação da trilha, estava inscrito que teríamos 800 m de total climb em um percurso de 26 km. Números bem aceitáveis para o meu nível de pedal! Nenhuma mentira, mas uma mascarada na realidade! 
Como a ideia é subir a Pedra Grande e depois descer, é óbvio que os 800 m de total climb são na ida, ou seja, subimos 800 m em 11 km (e não 26), pois o resto era praticamente descida! Logo deu pra sentir o perrengue da moçada!


Pouco antes da última subida (e uma das mais íngremes) tem um ponto d'água onde a galera pára, molha a cara, se refresca e junta forças para finalizar!
Chegando ao cume, a recompensa começa a aparecer! O visual é incrível e existem vários trechos pelo meio do mato e pedras que não exploramos, ou seja, dá pra variar bastante o topo da Pedra Grande!
Aproveitei para tirar algumas panorâmicas!


E mais fotos interessantes!



Senti uma falta danada da minha DSLR, mas não ia aguentar mais peso! A Lumix não fez feio e consegui registrar bem a beleza do local!
Chegando na Pedra Grande propriamente dita, uma coisa é fato! A pedra é grande mesmo... grande pacas! A montanha inteira parece ser uma pedra só! Muito bacana!



A vista de Atibaia também é muito bonita! Eu esperava ver uma turma de asa delta, paragliders etc... mas só achamos um violeiro tentando vender CDs... :(
Então, já que estávamos ali mesmo... dá-lhe foto!













A última panorâmica e resolvemos partir!


A descida começou com um drop ANIMAL! Qdo estiver com mais paciência, edito o vídeo e posto aqui!
É claro que não iríamos voltar pela estrada. Além de perigoso, não teria nenhuma graça a turma de All Mountain voltando pelo estradão!
Então caímos para dentro da floresta para explorar alguns caminhos alternativos! Foi 10
Seguem mais fotos!





Aqui a Pedra Grande um pouco mais de longe!
E um visu de Atibaia e da pista de pouco da galera!

É claro que as descidas estavam técnicas e cheias de pedriscos! Muito perigosas. Comecei a derrapar bastante e resolvi dar uma esvaziada no pneu! Melhorou significativamente a performance da traseira (cujo pneu está a 110% da vida útil) e senti ela muito mais na mão!
Trilha nova, a prudência pede para maneirar e fui mais cauteloso! Graças a Deus, nenhum susto!
Infelizmente um biker não teve a mesma sorte e tomou um rola caprichado!



Lá se vão joelhos, cotovelos, ombro e etc! Menos mal que foram só ralados, mas daqueles que vão passar a semana toda enchendo o saco! Fica a dica para uso pelo menos de joelheira!
É claro que o uso do capacete se mostrou fundamental! As marcas de terra deixam claro que a cabeça foi protegida!
Enfim, pedal bacana... visual incrível, excelentes risadas e mais uma trilha show adicionada ao currículo!
Não deixem de visitar o face do grupo! www.facebook.com/moscabiketeam


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Ataque das Abelhas Raivosas

O título parece de filme de terceira categoria, mas é o que mais expressa o que rolou no pedal passado!
Bom, a ideia era irmos até a Pedra Grande, famoso ponto turístico de Atibaia, por um caminho diferente. O grupo baixou um track de GPS em um site que mostrava um acesso por dentro da mata e com isso evitaríamos carros, além de desfrutar de um visual diferente!

 Nos reunimos no Frango Assado KM 66 da D Pedro e em 18 bikers, saímos para o pedal!



Estávamos seguindo o GPS e ninguém nunca tinha feito esse trecho!
O visual era bacana e a trilha prometia!

O GPS indicava entrar em uma fazenda! Passamos pela sede e no meio da trilha, nos deparamos com uma caixa de abelhas. O grupo todo parou e eu fui averiguar o caminho à frente antes de todos seguirem.
Não havia saída! A trilha terminava em uma gruta!
As pedras tinham uma vegetação diferente e com sinais de que ninguém realmente andava por ali há muito tempo!


Essa essa a visão da trilha! Se algum dia houve uma passagem, já estava fechada há muito tempo!
Enquanto decidíamos o que seria feito e as possíveis alternativas, começamos a ouvir o pessoal gritando por causa das abelhas. Toda a turma que ficou para trás correu e sobramos 3! Eu e mais dois!
No primeiro momento demos risadas, pois não percebemos a gravidade da situação! Nos abaixamos quando as abelhas chegaram perto de nós e ficamos em silêncio.
Um dos bikers se desesperou e resolveu sair correndo. O problema é que a volta passava exatamente na frente da caixa de abelhas!
Começamos a ser picados e o desespero aumentou! Decidimos correr! Meu amigo saiu correndo e eu fui atrás! A cena que assisti foi como de filme! Parecia aquele desenho do pica pau onde o enxame de abelhas cobre o crocodilo! Vi a nuvem do enxame cair sobre o meu amigo e as costas dele ficarem forradas. Nesse momento tive a noção da gravidade da situação! Meus amigos estavam completamente coberto por abelhas! Não dava para ver a cor da camisa!
Largamos as bikes no chão e todos correram o mais que puderam! Eram uns 400 m mais ou menos até a sede da fazenda!
Eu ouvia os gritos e pedidos de ajuda! Não aguentei mais correr e continuei andando. A quantidade de abelhas em mim e em meus amigos era incontável!
Procurei me manter calmo e pedindo para os outros não pararem de andar (ninguém aguentava mais correr). Eu olhava para trás para ver se alguém tinha caído ou havia parado, pois caso isso acontecesse, teríamos que fazer o resgate! Menos mal que ninguém parou.
Chegamos à sede da fazenda e meus dois amigos já passando muito mal!
Ali encontramos os proprietários bastante preocupados com a nossa situação, pois éramos os últimos da turma!
Eles prontamente nos acolheram e tentaram amenizar o sofrimento com água gelada, álcool, cobertores e palavras de conforto!
A equipe TDP é muito organizada e foi dado um Allegra 180, um excelente anti alérgico, para cada um dos mais afetados!
Também contamos com a sorte de ter um médico no grupo. Ele foi fundamental para avaliar os casos, medir o pulso, a pressão do pessoal e prestar os primeiros socorros além de fazer a interface com o SAMU dando as primeiras informações.
Tanto a Sra que nos acolheu quanto o médico eram acupunturistas e em 2 minutos havia um estojo de agulhas ao lado dos dois bikers! Foi nítida a melhora do meu amigo Zé após as primeiras agulhadas! Em um primeiro momento ele estava branco e assim que as agulhas eram colocadas, ele foi recobrando a sua cor normal. Além de "parecer" que a dor também diminuía.
Chamamos o SAMU que em meia hora estava atendendo os dois bikers mais avariados!


Logo depois soube que outros dois parceiros já tinham ido para o hospital e estavam no soro!
Em 15 minutos nossos amigos deram entrada na UPA e foram medicados!
Quase 2 horas se passaram até todo mundo ter alta. Somente assim conseguimos respirar aliviados!
Eu ainda sentia náuseas e uma certa tontura, mas preferi não enfrentar a fila na UPA (por volta de 30 pessoas) que contava apenas com 2 médicas. É nessas horas que realmente vemos como nosso sistema de saúde é precário!
Aqui a foto de onde nós deveríamos chegar! Naquele pico lá trás!
E aqui onde realmente estávamos!
Susto passado, tivemos outra preocupação! O resgate das bikes!
Deixamos 6 bikes lá ao lado das abelhas!
Um grupo foi ao centro da cidade e comprou uma roupa de apicultor!
Somente assim as bikes foram trazidas até à sede da fazenda!
Para ir de carro até a trilha, tivemos que fazer umas trapalhadas para chegar até a estrada de terra!
A linha Adventure e Cross foram testadas!


Depois de tudo OK, o Primeiro agradecimento aqui vai ao nosso Sr Deus. Nenhum dos bikers picados era alérgico, pois se alguém fosse, esta seria, com certeza, uma história trágica. Hoje foi um susto e semana que vem algo para darmos boas risadas!
O Segundo agradecimento vai para a família do Alex (proprietários da fazenda e infelizmente não peguei os nomes dos pais dele). Eles foram muito prestativos e não mediram esforços para nos ajudar!
O Terceiro foi a organização do nosso amigo Saad. No meio da trilha um cara que tem um Allegra no camelback, realmente é espetacular! Tomar um desses logo após ser picado, com certeza foi fundamental para eu não ser mais um a ir para o hospital e aos outros a não terem complicações ainda maiores!

As lições aprendidas e que jamais serão esquecidas!
1 - Passar o mais longe de abelhas possível. Não arriscar
2 - Ter um kit primeiros socorros é fundamental, mesmo nos pedais mais perto de casa! Um anti alérgico, anti inflamatório e um analgésico se mostraram úteis em serem ministrados logo após o fato ocorrido! Não é auto medicação. São aqueles remédios que já sabemos que não temos alergia e já foram tomados em algum momento!
3 - Passar o mais longe de abelhas possível. Não arriscar
4 - Quando tivermos seguindo uma trilha nova no GPS, não custa dar uma perguntada para os moradores locais sobre o trajeto.
 e por último!
5 - Passar o mais longe de abelhas possível. Não arriscar

FDS que vem tem mais!