quarta-feira, 8 de abril de 2015

Capacetes Fechados

Bom pessoal, esse post é para falarmos principalmente de segurança.
Quem não já presenciou cenas como essas?






Andar de bike seja no parque com os filhos, com a molecada na rua, em trilhas ou mesmo profissionalmente envolve risco. Ciclismo é sim considerado um esporte radical e cair faz parte.
Não importa se você é um expert ou um iniciante, a única certeza é que só não cai quem não pedala.

Resolvi fazer esse post porque neste último sábado socorremos uma ciclista que se machucou muito em um tombo relativamente bobo. Ela precisava de ajuda e, apesar de não ter ficado com o contato para saber qual foi o resultado da avaliação médica, nosso feeling é que ela sofreu um fratura (no mínimo uma fissura) facial.

Por que isso acontece?
Os capacetes de MTB, passeio e speed são abertos e protegem bem o crânio e parte da nuca.
Mesmo posicionados corretamente, conforme abaixo, não protegem o rosto do ciclista que fica sempre exposto.
Existem os capacetes Full Face que são fechados como os de moto e muito usados no Down Hill ou em Enduro (All Mountain).


Esses capacetes protegem muito mais, mas devido ao peso e à pouca ventilação (calor), não são usados em trilhas comuns, apenas nas descidas.
Alguns atletas até andam com dois capacetes.


Um mais leve e aberto para as retas e subidas e o fechado para as descidas mais insanas, onde o risco de lesão aumenta.
É muito difícil achar algum mortal que não esteja competindo com essa vontade de se proteger.
Nunca vi ninguém nas trilhas com dois capacetes e mesmo eu que tenho os dois, dificilmente irei levá-los. Ou um ou outro.

Pensando nisso, surgiu a algum tempo e agora começa a se popularizar um tipo de capacete híbrido.
Ele possui a proposta de ser um capacete leve e ventilado e ao mesmo tempo proteger o rosto de um impacto frontal direto.

Conheço dois bem bacanas.
O Bell Super R2


E o Met Parachute

A proposta é a mesma. Contendo partes removíveis capaz de transformar o capacete em um modelo simples, ambos prometem conforto e proteção.

Eu realmente gostaria muito de testá-los, mas temos um grande problema. Eles são extremamente caros. Mais do que me parecem que valem.
Tanto o Met quanto o Bell custam lá fora por volta de US$ 250,00 e aqui no Brasil chegam a R$ 1000,00. Isso os torna inviáveis para a maioria dos bikers.

Uma pena, pois segurança é realmente importante.

Na minha próxima viagem vou encarar um deles e aí posto minhas impressões pessoais.

Atualização: 02/2016
Comprei um Bell Super 2R e adorei! As minhas impressões sobre ele estão aqui: Bell Super 2R

Atualização 09/2017
Bom, tudo evolui. Saíram mais dois capacetes fechados, muito bacanas.
Um deles é o Giro Switchblade que possui a mesma proposta do Bell com o protetor de queixo removível.

Tenho um amigo que possui e gosta muito. A Giro é conhecida pelo conforto e confiabilidade, então apesar de não ter experimentado, tenho certeza que é uma excelente opção! Gostei muito de como ele tira e põe a parte do queixo. Muito prático.


O outro lançamento que está fazendo muito sucesso entre os endureiros é o Fox ProFrame.



Apesar dele não ter o protetor do queixo removível, ele foi feito tão ventilado e tão confortável, que quem tem disse que não sente falta de tirar o queixo nas subidas. Foi desenhado para que seja fácil beber água tanto de caramanhola quanto de mochilas de hidratação o que não dá nos modelos da Bell e da Met (da Bell até dá com alguma manobra para usar a mochila de hidratação).
Muito leve se comparado aos capacetes de DH, o Pro Frame veio para abalar o mercado de capacetes fechados para enduro.
Este também não experimentei, apenas colhi impressões de amigos que já possuem e já usaram alguma das opções anteriores.