quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Trilha em Brigadeiro Tobias - Sorocaba

Fizemos um pedal bem interessante em Brigadeiro Tobias, um distrito de Sorocaba.


A primeira dica é NÃO usar o GPS para tentar chegar lá. Coloquei as coordenadas (e tenho certeza que fiz certo) e o GPS nos fez dar algumas voltas pelas rodovias nos lançando 47 km longe do ponto de encontro.
Então a forma mais fácil de chegar é acessar a Castelinho para Sorocaba. Ainda na Castelinho, pegar a saída 7 ( Votorantim/Aluminio). Esse acesso te levará até a Rodovia Raposo Tavares. Pegue a Raposo sentido São Paulo. Siga as placas de Brigadeiro Tobias (saída 90).
Depois siga à direita pela paralela à rodovia. Na Avenida Bandeirantes em mais ou menos 1,5 Km seguir as placas do "Bairro Inhaíba". Procure pelas placas do Pesqueiro Mata Virgem.
Deixamos os carros no Pesqueiro (R$ 5,00) de estacionamento. Lá a cerva não estava no grau e só as porções de linguiça caseira e batata frita valem à pena. Corram da porção de picanha!

Enfim, chegamos 1 h atrasados e iniciamos o pedal com alguns olhares de reprovação (mal galera!).

É claro que já na primeira subida ninguém lembrava mais de nada.






Antes de falarmos da trilha em si, um ponto de atenção. A região é local de trilha de moto, quadriciclo e jeep, então é bom não fazer curvas na contramão e estar sempre atento aos barulhos. Acidentes entre bike e veículo automotor costumam ser sérios.

O fato de rodarmos em uma fazenda é que existem inúmeras variações de caminhos e descidas. A que tentamos fazer priorizava as melhores descidas e por conta disso, acabamos subindo por trechos "impedaláveis". Aumenta muito o desgaste físico quando se tem que empurrar as bikes por subidas de até 18% com erosões e pedras (ideais para descer e não subir).

Ainda tivemos o agravante de pegarmos o pico da secura no clima. Com quase 30 dias sem nenhuma gota de chuva na região, o pó (tipo talco) e a baixa humidade tornaram o desgaste ainda maior.

Foram 25 km com quase 900 m de altimetria, mas a sensação era de ter rodado uns 80 km e subido uns 1500 m.

Aqui a trilha no STRAVA


Mesmo assim, pra quem gosta de single técnico, esse é um prato cheio. Os amigos que acabaram de voltar de Whistler classificaram os trechos como black, ou seja, para experientes. Definitivamente não é um pedal para iniciantes ou iniciados.

O primeiro trecho de descida, conhecido como DH do Sol é um Rock Garden insano de pouco mais de 1km de pura pedra. Soltas, presas, grandes, pequenas de todas as cores e formas. Ali ou desce moendo ou desce empurrando. No meio termo não dá. Muito bom.

Passamos ainda pelos singles do Apiário, kamikaze I e II.

Editei um video com os melhores momentos:


* O YouTube me obrigou a tirar a música... uma pena!

Aqui umas fotos do local:










Tivemos alguns pneus furados por causa das pedras e nenhum acidente grave (só aqueles para darmos risadas).
O inédito foi uma sapatilha que perdeu o taco inteiro

O trecho do apiário não tem esse nome à toa, então é bom tomar cuidado, rodar em silêncio e não levar alérgicos lá, pois o risco é grande. Existem inúmeras caixas de abelhas espalhadas por todo o local e muito próximo à estrada.



Tirando o pó, realmente o pedal foi bem bacana. Duro, mas recompensador.
Olha como ficamos nós e as magrelas



Na volta, o pesqueiro (ainda no preço do estacionamento) oferece um chuveiro e um local para trocar de roupa, então foi possível entrar no carro limpinho e cheiroso (no meu caso que tinha levado o kit anti cascão)

Mais uma trilha pro CV. Vamos para a próxima.