quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Trilha de Bike pela Chapada Diamantina - Planejamento


Fizemos uma viagem em grupo realmente fantástica. De 30/07 à 07/08 ficamos imersos na Chapada Diamantina respirando natureza.
Vou relatar em posts diferentes cada um dos dias, o que fizemos, o que foi legal e o que não foi tão legal.
Primeiro vamos começar pelo planejamento da viagem.
A ideia surgiu depois que um grupo de amigos fez o passeio e voltou extasiado. Não consegui acompanhá-los, então formamos um grupo  e customizamos um passeio para nós.
O nosso objetivo era levar as esposas e como elas não pedalam, tivemos que adaptar os roteiros para conseguir conciliar o hiking e o pedal.
A operadora escolhida foi o Terra Chapada Expedições. Eles foram muito bem recomendados e são especialistas em travessias de bike pela Chapada. Já adianto que a escolha foi acertadíssima  e só tenho elogios a tecer sobre eles. Equipe bacana, disponível e muito bem humorada.
Nós estudamos o nosso roteiro com cuidado. Por ser a nossa primeira vez na Chapada, os pontos a serem visitados foram os mais famosos.
Nossa volta se concentrou no lado norte da Parque e como se tratava de uma travessia, cada dia dormíamos em uma cidade. Apenas em duas delas ficamos dois dias.
Alguns pontos a serem visitados pelo grupo de hiking e bike eram diferentes, já que o acesso pedalando é mais difícil, mas a maioria conhecemos juntos. No fim isso foi ótimo, pois renderam muitas conversas, mostras de fotografia e experiências diferentes para cada casal.
As meninas saíam pela manhã de carro até um determinado ponto e partiam para o hiking. Nós saíamos rodando de bike das pousadas e nos encontrávamos com elas no almoço ou no fim do dia quando o passeio terminava.
Fizemos uma média de 40 km por dia com 900 m de altimetria.
Priorizamos os singles. Nosso lema era fugir o máximo possível dos estradões de terra.
Outro ponto bacana da viagem é que a Azul tem vôos regulares até Lençóis (nosso ponto de partida e chegada) e isso evitou uma viagem de 420 km de ônibus saindo de Salvador em uma estrada de mão simples e cheia de caminhões. Os vôos são restritos, por isso é bom se programar. Vale muito à pena ir de avião até lá. Saímos de Campinas às 7h10 da manhã no sábado e antes do meio dia estávamos no hotel.
Outro ponto importante é a questão das bikes.
A correta embalagem garante elas chegarem lá sem nenhuma avaria e prontas para rodarmos. Foi o nosso caso. Nenhum susto na ida.
Fiz um timelapse da embalagem de duas delas. Uma em um case e outra em uma caixa de papelão.
Olha ele aí:


A primeira bike foi uma Remedy tamanho L que teve inclusive a suspensão dianteira retirada, pois o case Thule é bem apertado. A segunda foi uma Cube AMS 29 tamanho 21" que foi em uma caixa de papelão.

Voltando ao nosso percurso. Foi isso que planejamos:

1 dia -  Chegada - visita ao Morro do Pai Inácio com todo o Grupo. Passamos a noite em Lençóis
2 dia - Visita ao Salão de Areias coloridas, caldeirões e algumas cachoeiras como Cachoeirinha e Primavera. Noite ainda em Lençóis
3 dia -  Cachoeira o Senna (Mosquito) para a turma do Hiking e a trilha até Igatu (Pedal) - noite em Igatu
4 dia - De Igatú até o Poço Azul (Pedal) e ida até o Poço Azul de carro para as meninas - Noite em Guiné
5 dia - Mirantes do Paty e trilha dos Aleixos (hiking e Pedal). Depois pedalamos até o Vale do Capão - Noite em Capão
6 dia - Cachoeira da Fumaça (Todos juntos no hiking) e noite no Capão
7 dia - Gruta da Lapa Doce (hiking) e trilha do Capão até a Pratinha para a turma do pedal - Noite na Pratinha
8 dia - Rio Mucugezinho (hiking) e trilha da Pratinha até Lençóis - noite Lençóis
9 dia - Curtimos o Hotel, embalamos as bikes e voltamos para casa! :(

Foi uma semana bem intensa. Tentando dormir por volta das 22h00 e acordar inteiro para o passeio às 6h30 da manhã. Saímos sempre entre 8 e 9h00 depois daquele café da manhã reforçado.

Dicas do que não pode faltar na mala:
Protetor solar, óculos escuros, chapéu ou boné, um corta vento, blusa de manga longa, casaco (preferência de tactel para ser mais leve), meias para caminhada (elas são diferentes das comuns), tênis de hiking, bermuda para os homens e shorts para as meninas (aquela calça que vira bermuda é excelente) e uma mochila de hidratação. Não senti falta de repelente.

Alguns passeios possuem água e outros não, então pelo menos 1,5 l é bom levar e por isso a dica da mochila de hidratação.

Barrinhas de cereais, doces e castanhas também ajudam nas caminhadas e pedaladas. Ir sem nada é muito arriscado.

O corta vento é fundamental. Nos picos venta muito e a sensação térmica cai bastante, mas isso detalharei nos posts diários.

E uma coisa importante! Levar dinheiro, sim. Dinheiro! Muitos locais não tem sinal nem de celular, quem dirá máquina de cartão. Então é preciso levar dinheiro e trocado, pois deixamos de comprar coisas devido à falta de troco (dá pra acreditar? rs)

Espero que gostem.

Seguem os links
Dois primeiros dias
Terceiro dia
Quarto dia
Quinto dia
Sexto dia
Sétimo dia
Oitavo e nono dias

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