sábado, 13 de agosto de 2016

Trilha de Bike pela Chapada Diamantina - Quinto dia

Trilha de Guiné ao Vale do Capão! CARA! Que trilha é essa?!
Se eu tivesse que escolher um dia só de trilha, com certeza seria esse. MEU DEUS!
34 km com 717 m de altimetria. Praticamente 100% de singles técnicos e um dos visuais mais estonteantes da Chapada.
Mas vamos do início.
O dia anterior foi no vale dos espinhos, ou seja, furamos quase todas as câmaras e mais de uma vez. Passamos um bom pedaço da noite remendando pneu.




Pela manhã pegamos um lanche de trilha e saímos rodando da pousada sentido trilha dos Aleixos.
Um vento de frente terrível segurando a bike até nas descidas. Essa hora senti falta de um corta vento, pois tinha decidido só ir com a camisa de manga longa e o erro que me rendeu um refriado.
No fim da trilha chegamos à subida! Olha a piramba que tínhamos que subir:



A operadora já havia contratado uns carregadores para as bikes e nos deram a dica de levar um tênis extra para não ter que fazer uma escalaminhada de sapatilha. Dicas excelentes. Depois de 30 minutos estávamos no topo. Trocamos as sapatilhas e os carregadores desceram com os tênis até o carro.


Esse visual é muito bonito, mas o dia não estava ajudando. Uma neblina densa teimava em esconder a beleza da Chapada. O vento era muito forte baixando muito a sensação térmica. Fizemos alguns registros e partimos para o pedal



Ainda um pouco frustrado de não ter o máximo do visual, seguimos pedalando em um terreno molhado, com várias poças d'água, pedras lisas e uma lama preta que encardiu tudo.



Outro ponto belíssimo desse passeio que perdemos devido à neblina e à chuva foi o Mirante do Paty.
O visual é esse aqui, mas a foto não é minha. Peguei na internet


Conseguimos ver muito pouco disso aí e a única foto que consegui foi essa:

Chateadão de ter perdido esse visual, continuamos seguindo. O frio era grande e o besta aqui não levou corta vento, então o nariz estava terrível prejudicando muito a respiração.
Com calma o tempo foi abrindo. Pegamos algumas decidas técnicas nas pedras molhadas o que aumentou o desafio e tombos foram inevitáveis. Felizmente ninguém se machucou e foram só risadas.

Existe um trecho chamado Quebra Bunda. Este trajeto era feito antigamente com o gado e os bois que caíam nele quebravam os ossos do quadril e eram sacrificados por isso, então dá pra imaginar o que é o negócio. "Indescível" pedalando. Empurramos a bike morro abaixo por quase 40 minutos, nas pedras molhadas e de sapatilhas. Punk!
Com o tempo abrindo, dei alguns clicks legais:


Chegamos a um dos lugares mais bonitos até então. A entrada do Vale do Capão e é esse o visual



Ficamos pelo menos uns 20 minutos admirando antes de descer o DH mais técnicos de todos os 8 dias de viagem.

A decida é toda em mata fechada com muitas pedras, drops, facões e tudo o que der para imaginar em um trecho de floresta. Aqui é bom estar com os pneus bem cheios para evitar o snake bite ou usar selante. Essa decida me rendeu dois pequenos amassados na roda e um câmbio entortado, mas valeu tanto a emoção que confesso que não fiquei triste.
Que delícia de trilha.
Uma dica. Existe muita vegetação batendo na canela, então uma meia mais longa ajuda a não ficar com a perna toda lanhada de mato. Eu não usei e trouxe as marcas para casa... rs
Uma vez embaixo, tocamos para a Pousada do Capão que é com certeza o melhor local para se ficar no Vale do Capão.
A pousada é deliciosa, bem aparelhada, com pratos gostosos, uma lareira na sala de estar que nosso grupo dominou, um chuveiro excelente e uma cama melhor ainda! Definitivamente, duas noites fantásticas lá.
Um pouco da pousada



Como a lama pegou pesado com as nossas relações, antes de tomarmos um banho fomos dar um trato na bike.  O WD foi fundamental aqui e depois daquela lavagem, usamos ele para tirar a humidade de tudo. 30 minutos depois, as magrelas estavam perfeitas e prontas para outra rodada.

Fim de dia de pedal

Detalhes do dia anterior AQUI
e do próximo AQUI

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