quarta-feira, 30 de abril de 2014

Trechos técnicos


O video abaixo mostra a turma do DH barbarizando em trechos técnicos e "Rock Gardens". Tombos são inevitáveis, mas mesmo assim dá para observarmos duas coisas... É impressionante o que essas bikes são capazes de fazer, o tamanho das pedras que as suspas conseguem "engolir" e o que elas aguentam de pancada.
A outra coisa é o posicionamento do piloto. A grande maioria das quedas que nós, terráqueos amadores, sofremos é devido ao posicionamento deficiente E o uso do freio na hora errada.
Infelizmente não dá para sentar em uma carteira com um professor e aprender. Tem que ir para a trilha, usar os equipamentos de segurança e fazer.

Esse fim de semana, um dos nossos companheiros desceu o seu primeiro drop. Foi muito legal ver alguém quebrando o seu paradigma, enfrentando seus medos.
Temos sempre que fazer isso. Avançar aos poucos, mas avançar. Como diz a música: "Life is not tried, it is merely survived If you're standing outside the fire".
Agora curtam o Video:


Vital RAW: World Cup Redux - More Mountain Bike Videos

domingo, 27 de abril de 2014

Sta Lydia com estilo

O pedal de domingo normalmente é mais light... até porque a gente sempre dá aquela abusada no sábado e uma noite só de sono não recupera as pernas já com vários km rodados!
Saímos em 5 bikers!
Alguém já viu um capacete estilo Carmem Miranda?
Então! Fica a dica!

Esse pedal foi muito bacana por rever amigos que a muito não andavam conosco e por incorporar mais um novo companheiro de All Mountain! Vamos ver se a galera firma agora ou foi só fogo de palha, pois os 32 km de hoje com 618 m de altimetria não deu nem para suar!!! :)
Rodamos os estradões até o nosso primeiro single. Havia uma grande expectativa com relação ao único trecho técnico que existe nessa trilha. Assim como a do Comandos em Ação, estamos na época do corte de eucalipto e isso faz com que toda a trilha seja desfigurada, normalmente pelas estradas que o pessoal cria para passagem dos tratores e caminhões.
Os restos de galhos e tocos também geram um risco enorme para as relações das bikes. Mesmo assim resolvemos seguir em frente e tivemos a grata surpresa de que o trecho técnico está relativamente limpo, pois o corte e recolhimento das toras está no fim. Conseguimos nos divertir à vontade!
Na volta a turma do AM também quis mostrar que sabe saltar e pelas fotos é possível ver que ninguém tá de brincadeira! Teve bike que saiu mais de 15 cm do chão... um espetáculo!


Como a Sta Lydia é uma trilha mais leve e ainda assim gostosa de fazer, é normal encontrarmos outros grupos pedalando. Hoje isso bateu o recorde. Haviam mais de 60 bikers em vários grupos. Rolou até um trânsito na volta perto da cachoeira!
Tirei uma foto para a galera ver que pedalar é super legal, não tem idade, não precisa de bike cara e que o importante é querer e .................... ter estilo! ;)

sábado, 26 de abril de 2014

GM na Trilha

Nesse final de semana a equipe estava meio avariada! A galera está entrando na fase "CONDOR" da vida e aí já viu! Gripe daqui, dor nas costas dali, pé que doe, enfim... achei que era melhor ir todo mundo para o hospital ao invés de pedalarmos... Fui voto vencido e acabamos caindo na trilha mesmo.
Com os bikers à 40% do poder total, resolvemos fazer um caminho mais curto (Morungaba pelo Horto), mas não por isso menos técnico. E já que estávamos com tempo, rolou uma sessão de fotos.



Primeiro o Drop da Pedra partida, que só quem foi lá sabe o que é. Nas fotos parece uma "descidinha"!
Depois descemos de single até o início da descida do Horto.
Um dos companheiros acabou de instalar o seu RockShox Reverb e estava dando o seu primeiro rolê!
É quase como uma criança que descobre o sorvete!
Com o centro de gravidade rebaixado, a bike fica mais na mão e a diversão aumenta!
Mais algumas fotos!


Quase chegando ao Horto de Morungaba, há um trecho recoberto de facões com aqueles pedriscos por cima! Parece um bolo confeitado com chocolate granulado! Infelizmente não tão doce aqui e novamente o mercado imobiliário aqueceu!
Mesmo com todas as proteções que usamos, Murphy não dá trégua e lá se vão escoriações exatamente nas partes desprotegidas!
Poeira sacudida, risadas dadas e explicações ouvidas (sempre tem explicação para o que aconteceu... rs), voltamos pela via sacra de Morungaba até o Cristo (que também não está mais lá já tem um tempo. Preciso rebatizar esse ponto de referência).

Na descida do Observatório até o Feijão com Tranqueira, encontramos a ronda de bike da Guarda Municipal.


Conhecida como Ronda Bike, é muito legal saber que eles estão nas trilhas. Essa realmente foi uma excelente iniciativa. Semana passada, eles ajudaram um dos nossos amigos a consertar uma corrente quebrada.
Pessoal bacana e engajado, conversamos bastante sobre o projeto aqui na região. Este tipo de patrulhamento já existe lá fora a muito tempo. Quem se lembra do Pacific Blue?

Seriado da década de 90 que fez sucesso mundial. A patrulha policial de Santa Mônica (Califórnia) que usavam bikes Schiwnn ou a lendária Trek Y e cuidavam da orla da cidade com muito estilo.
Um pouco menos glamourosa, a nossa patrulha usa caloi Elite 2.7 com freios VBrake. De qualquer forma é ótimo vê-los pedalando pelas trilhas da região e prontos a ajudar da forma que for necessário.

Quem gosta de saber que eles estão por aí, não custa nada ligar no 156 da prefeitura para fazer um elogio ou via web (http://www.campinas.sp.gov.br/servico-ao-cidadao/156.php)

Ainda rola muito preconceito com esse tipo de trabalho que nós ciclistas sabemos que é super importante e nada fácil. Além de não estar pedalando à passeio, ainda há uma carga de 6 Kg a mais entre arma, colete e demais equipamentos.

Vamos valorizar o pessoal e assim garantir mais segurança para todos, inclusive aos nossos passeios noturnos durante à semana!

Essa foi a trilha!

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Pneus II

Já fiz um post aqui sobre pneus... todos que já tive passei algumas impressões. Quem quiser ler, está AQUI. Lembrando que na época que escrevi o primeiro post, o estilo de pedal era outro. Fazíamos sim trilhas técnicas e alguns singles, mas não dava para se considerar um praticante de All Mountain. Era mais um tipo XC metido a besta!
Com a evolução das bikes (agora FULL) e a mudança de esporte (agora All Mountain), os fatores a serem observados nos pneus também mudaram.
Assim como na postagem anterior, esse texto é 100% impressões pessoais minhas. O que EU achei dos pneus sem nenhum compromisso com nada além de relatar minha opinião pessoal!

Então vamos lá. Terminamos o último post com os pneus Maxxis Advantage 2.1 Kevlar. Usei um deles até acabar. O outro sobreviveu e hoje faz parte da minha Felt Compulsion. Bike que meu filho usa e roda pouco.
O grip é muito legal, mas a falta de cravos laterais maiores não transmite aquela segurança nas curvas e nas beiradas dos facões. Essa segurança eu senti muito bem usando os Bontrager FR4 26x2.3". Estes são os pneus originais da Remedy 8 2011.
Comecei usando eles com Slime dentro da câmara feito da exatamente como neste post aqui.
E neste outro POST, o que achei disso tudo!

Depois que mudei para o tubeless, tenho certeza que não volto mais para trás. O meu nível técnico também evoluiu e junto com ele a dificuldade das trilhas. Usando pneus tubeless comecei a usar pressões como 25 ou 30 psi e a diferença da performance nas descidas e nas subidas com pedras foi grande.
Voltando para o pneu, adorei a medida (2.3) e o grip. Os cravos laterais em baixas pressões grudam no chão e mesmo quando eu já estava com a banda de rodagem praticamente lisa, ainda sentia bastante confiança nas curvas. Só perdia mesmo nas frenagens. Um amigo, vendo eles rodarem comentou: "Seus pneus parecem uma lagarta quando estão girando... eheheh"
Aqui está o pneu no dia do seu sepultamento:


Dá pra ver os cravos laterais rasgados e os centrais completamente gastos. Eu chegava a passar vergonha nos encontros com os amigos.
Deixei chegar os pneus nesse estado exatamente por gostar muito deles. Eu adoraria ter comprado outro exatamente igual. Infelizmente, depois de passar 4 meses esperando a Trek passar valor e prazo de entrega, não consegui mais segurar e comprei novos de outras marcas.
Os escolhidos foram:
Michelin Wild Grip'R 2.25"


Um pneu de uso misto, 2.25 com tecnologia tubeless UST da Michelin. Com isso o pneu tem suas paredes laterias reforçadas para evitar rasgos e furos e pode ser usado, inclusive, sem selante. É claro que a única vantagem disso seria o peso e como essa não é minha prioridade, coloquei sim o selante para garantir (ou minimizar) nenhuma troca em nossos passeios.
A colocação foi muito fácil e recebeu elogios do mecânico.
Segundo a Michelin, ele é um pneu de uso intenso que serve tanto para XC quanto para All Mountain. Pessoalmente não gosto de coisas que se propõem a fazer TUDO bem feito. Ainda mais coisas, muitas vezes, antagônicas, mas escolhi esse pneu baseado em 3 fatores:
1 - Marca. Confio bastante na Michelin. Um dos melhores pneus que tive no meu carro foi dessa marca e mesmo os concorrentes falam muito bem dela.
2 - Comentários de usuários. Pesquisei bastante sites que vendem esse pneu e naqueles que abrem para review dos usuários, o pneu era só elogios.
3 - Relação custo X medida. Dos parâmetros que coloquei como essenciais para mim (o pneu precisava ser de kevlar, 2.2 no mínimo e uso intenso), esse era o que tinha o melhor preço.

Já rodei 3 trilhas com ele e como pneu novo é sempre bom, ainda mais quando o anterior era praticamente slick, não dá para ter uma impressão final. Até agora o pneu é excelente tanto com 40 PSI (estradão) quanto com 25 para as descidas.
Assim que ele chegar próximo do fim da sua vida útil, eu posto mais comentários.

O outro pneu escolhido para teste foi o Continental X-King 2.4


Escolhi ele exatamente pelos mesmos 3 motivos do Michelin.
Como só preciso trocar o traseiro agora, um deles vai ter que esperar.
Apresentei os dois a alguns amigos e todos foram unânimes em escolher o Michelin para ser o primeiro a ser testado. Sendo assim , o Continental bonitão vai ficar na caixa um tempo esperando a sua vez de rodar. Ele é um forte candidato a ser o meu próximo pneu dianteiro.
Minha primeira impressão, é que ele, apesar de ser um pneu de uso misto, tem os cravos laterais menos protuberantes. Vamos ver como se sai nos facões e curvas dentro em breve.

Aguardo comentários. Compartilhem o conhecimento.

sábado, 5 de abril de 2014

Escoltados

Pedal nosso é sempre com emoção. Não importa a forma. Nessa trilha tivemos muitas delas e de todos os tipos!
Descemos o Comandos, já que temos duas semanas praticamente sem chuvas. É claro que ele estava espetacular como sempre.






Mas a galera que já foi lá sabe... Comandos tem um preço!


E se bobear, Newton te pega!
Apesar do tombo mais feio (capotamento por cima do guidão), o resultado final foram escoriações leves. Mais uma vez a joelheira mostrou-se extremamente útil.
Poeira batida, risadas dadas, continuamos a descida técnica.
Passadas as subidas do final do trecho técnico, despencamos novamente em direção à Bocaina. Aí nossa primeira surpresa.


Começou a época de cortes dos eucaliptos. Essa é uma ocasião muito triste para nós.
Primeiro porque o corte descaracteriza completamente a trilha. Tira a dificuldade técnica, esconde os traçados (e com isso nos perdemos) e nos obriga a carregar a bike por cima das toras cortadas. Sabemos que essa é a função dos eucaliptos e melhor que sejam eles que mata nativa, mas mesmo assim ficamos chateados com a mudança na paisagem. 
Apesar de triste, a tecnologia para o corte é bem interessante. A máquina que fez esse trabalho é incrível. Parece um Transformer
Olha ela trabalhando aí:


Deixamos o local e achamos o caminho entre as toras. Depois de muito "alterobikismo", conseguimos alcançar a estrada.


Os galhos e as toras no meio do caminho também custam um preço alto para a diversão da turma da bike.


Esse foi um X0 que quase deu a volta ao contrário graças a um galho. Ele chegou a passar do ponto de stop, o que deixou todo mundo bem tenso, afinal, um X0 é um X0.
Menos mal que foi só soltar o câmbio e ele voltou ao lugar. Um pouco desalinhado (esperamos que seja só a gancheira), mas ainda operante para finalizar a trilha.
As surpresas ainda não haviam acabado.
Resolvemos dar uma explorada e tentar não fazer a volta pela fazenda Malabar. Entre uma virada e outra, caímos dentro de uma belíssima fazenda. Muito bem cuidada com lago particular, jetski e até araras azuis. Quando ví o local, tinha certeza que não passaríamos ilesos!

É claro que fomos abordados pela segurança da fazenda.
Nessas situações, é importante lembrar que estamos totalmente errados. Apesar da grande maioria dos fazendeiros não se importar com a passagem dos ciclistas, temos que ter a consciência que estamos dentro da casa deles, em propriedade particular. Pedido de desculpas, cordialidade e respeito são itens obrigatórios, principalmente nessas ocasiões.
O segurança da fazenda foi muito educado e, apesar da bronca, nos acompanhou à saída de maneira cortês. Uma pena, pois o trajeto era muito legal e com certeza não entraremos mais lá sem autorização.

FDS que vem tem mais