quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Pedalar transforma vidas - Estar acima do peso

Hoje me deparei com uma história muito legal e muito motivadora.
É verdade que estamos na era do culto ao corpo. Nunca houveram tantas academias em todos os cantos da cidade e ainda assim a população continua engordando devido ao stress da vida corrida, da facilidade das refeições processadas, etc. Nada que eu escreva aqui deve ser novidade e todos sabem disso!
A história abaixo que reproduzo na íntegra é de alguém que está fazendo além disso e se superando.
Nos comentários do facebook, outros tantos mostram como conseguiram superar medos, preconceitos e dificuldades físicas e psicológicas.
Parabéns ao grupo Mão Amiga (https://www.facebook.com/pedalmaoamiga/) por ser uma ferramenta de transformação na vida do Laerte Lelis e de tantos outros!





Estar Acima do Peso

por Laerte Lelis

É um pouco desconfortável falar sobre isso, mas gostaria de expor um pouco das MINHAS dificuldades de estar acima do peso, vou listar abaixo:

1) Dificuldade na hora de colocar meia e tênis, quanto mais amarrar (Deixo meus tênis amarrados com nós cegos para não me sentir constrangido em não conseguir abaixar para amarrar quando alguém me disser: Seu tênis está desamarrado!);

2) Pegar algum objeto que caiu no chão (Normalmente tenho que ajoelhar para fazer isso);

3) Sentar em cadeira (Não são todas cadeiras que eu entro e tenho que ter muito cuidado com cadeiras de plásticos, pois não são todas que me aguentam);
*Alguns lugares que me incomodam que gostariam de citar: Ir no cinema com meus filhos, e já faz alguns anos que não pego ônibus, eu acho que não posso sentar do lado de alguém, certeza que não vou caber;

4) Comprar roupas (Não é fácil encontrar roupas, ainda mais roupas legais, normalmente existem lojas especializadas, e mesmo assim, temos poucas opções);

5) Disposição (Tudo é mais difícil, então desenvolvi a lei do mínimo esforço);

6) Passar em catracas (Tem algumas que não me arrisco);

7) Risco de morte (Sim! Tenho mais chances de morrer mais cedo. Tentamos nos enganar, mas no fundo sabemos disso)
Poderia fazer uma lista enorme de dificuldades, mas esse não é o meu objetivo!

O meu objetivo é incentivar dois grupos de pessoas:

1) Pessoas que sofrem como eu;
2) Pessoas que podem ajudar essas pessoas.

Vou contar o que estou vivendo nesse momento:

Sempre ouvi de familiares, de amigos, de estranhos algumas das frases abaixo:

- Você precisa emagrecer!
- Cuidado com sua saúde!
- Você tem o rosto lindo, imagina magrinho!
Etc...

Gente! Isso não adianta! Vou contar como aconteceu comigo, não sei se isso vai dar certo com outra pessoa, mas não podemos desistir de ajudar quem quer que seja.
Meu pai vivia me convidando para andar de bike e sempre eu inventava uma desculpa, até que a última desculpa era que minha bike era velha, estava enferrujada e que não dava para pedalar. Então meu velho (modo de falar, pois ele está melhor que eu, rsrs...) me levou em uma loja de bicicleta e me deixou escolher uma bike.

Fiquei muito feliz com um presente desses no meu aniversário! Bom, agora não tinha mais desculpas, e num certo domingo, juntamos alguns amigos e fomos pedalar. Eu não tinha condições de andar 2km, mas esse grupo me empurrou por 20km com incentivos, empurrões literalmente e não me abandonaram até eu chegar em casa.

Me senti muito bem, pois fazia tempo que não tinha aquela sensação de dores musculares e uma certa leveza no corpo. Comecei então a ir sempre andar com esse grupo e aos poucos fui melhorando.

Estou ainda em fase de desenvolvimento, mas hoje empurro muito menos e já não recebo mais ajuda dos meus amigos.
Cheguei a fazer um pedal de 80km e aos poucos tenho conseguido melhorar a minha qualidade de vida e todas essas dificuldades que citei, algumas eu já venci, mas aos poucos estou tirando da minha lista de limitações.

Eu faço parte da história desse grupo que acabou sendo nomeado como “Mão amiga” e a cada dia, pessoas são incentivadas a mudar e vencer suas limitações.

Essa foto que postei, foi um dos meu primeiros pedais, o David está me puxando com uma cordinha e o Moisés está me empurrando.
Se não fosse meu pai, minha esposa, minha família e esse verdadeiros amigos que se dispõe a carregar alguém, eu não poderia estar contando essa história.

Eu faço um apelo à todos para incentivar de verdade as mudanças, faça o que for necessário, pois nós precisamos disso. E você que assim como eu tem todas essas dificuldades, procurem “mão amigas” e acredite que é possível mudar!

Quando comecei, eu pesava 167kg, hoje estou com 155kg e estou lutando para vencer essa batalha! E a bike é algo fantástico!

Quer andar de bike? Vamos juntos! Não existe limite! Basta querer!
O sofrimento faz parte, mas as vitórias compensam tudo!

Obrigado galera do Mão Amiga!
https://www.facebook.com/pedalmaoamiga/

domingo, 30 de outubro de 2016

Garmin Edge 800 corrompe arquivo de treino


Pra quem acompanha as trilhas pelo Strava acredito que o maior medo de todos é perder um treino. Ainda mais se for uma trilha nova, inédita ou aquele que temos certeza que estamos fazendo o KOM do trecho!
Parei de usar celular há muito tempo para marcar as trilhas e esse foi um dos fatores. Constantemente eu perdia alguma coisa, ou por falta de bateria, já que minhas pedaladas duram mais de 3 hrs e com o GPS ligado direto, só se o celular for novo para aguentar isso, ou por que o programa foi finalizado devido a algum conflito. Migrei para o Edge e não me arrependo, só que passei por um problema exatamente em um dos nossos passeios mais legais!

Passamos 9 dias na Chapada Diamantina (detalhes da viagem AQUI) e eu resolvi fazer uma coisa diferente no Edge. Ao invés de finalizar cada dia de pedal (seriam 6 dias), eu fechava o dia fazendo uma "LAP", ou seja, como se cada dia fosse uma volta e não encerrava o pedal. Assim teria o passeio de 200 km de uma vez só no mapa e não cada dia separado.

Fiz isso e faltando exatamente 15 km para acabar a última trilha o meu Edge apagou. Bateu um desespero na hora, pois achei que ele tinha quebrado, já que bateria não era!

Ele ligava, começava a carregar e desligava. Fiz isso umas 20 vezes e nada. Tirei o cartão e ele ligou normalmente. Neste momento percebi que ele havia corrompido o arquivo do treino em andamento.

Depois da taquicardia e de cair em si que absolutamente nada poderia ser feito no meio do mato, seguimos o pedal e fechamos o passeio!

Em casa, com calma, tentei carregar o arquivo no Garmin Connect e foi sem sucesso. O site não reconhece nem carregando automaticamente nem manualmente muito menos pelo Garmin Express!

Baixei um aplicativo para "descorromper" e arquivo nada.

Daí resolvi carregar ele diretamente no site do Strava. Para a minha surpresa ele carregou sem nenhum problema e o Strava leu toda a trilha até o pondo do corrompimento. Com isso só perdi os últimos 15 km. Depois exportei o GPX do Strava e carreguei ele sem problemas para o Garmin Connect.

Então, acredito que essa solução simples pode ajudar o pessoal a não perder o track log (ou pelo menos não todo)  das trilhas! #ficaadica
garmin fail, garmin corrputed file, garmin problem

Pastilhas Shimano IceTech com problemas

Existem uma infinidade de marcas de pastilhas no mercado. Das mais baratas às mais caras e a inovação não pára.
Novos materiais e designs são lançados praticamente a cada semestre.

Uma das mais procuradas (e estão entre as mais caras) são as modelo IceTech da Shimano.

Essas pastilhas combinam dissipadores de calor que ajudam bastante a evitar o sobreaquecimento, um dos principais problemas dos freios à disco.

O que aconteceu com um jogo de pastilhas com  menos de 2 meses de uso me deixou bastante preocupado


Nosso colega, no meio de uma descida escuta um barulho estranho e tem grande dificuldade para parar.

Quando verifica as pastilhas, vêm a surpresa.


A parte de metal simplesmente saiu do corpo expondo os rebites que, além de não ajudarem em nada para parar a bike, fizeram um estrago no disco, também IceTech, da belíssima Canyon Strive.

Essa é uma pastilha de metal (não resina) e a Shimano e a loja onde ela foi comprada serão acionadas. O ponto é, alguém mais tem um caso desses? Ficar sem os freios é uma das piores coisas que pode acontecer em uma bike. Vamos acompanhar o caso e saber se há algum problema de produção nessas pastilhas ou nosso amigo foi só realmente muito azarado.

sábado, 15 de outubro de 2016

Nore Bike Park

Localizado em Itú, SP o Nore Bike Park é a realização de um sonho do Norival Bonfá.
É fácil de chegar: Nore Bike Park

Passamos uma manhã lá curtindo as trilhas e os jumps.



O park é bem rústico e as trilhas praticamente "in natura" o que deixa o rolê ainda mais animal, pois não tem cerquinha pra te proteger ou alguém tirando todas as folhas todos as dias. A parada é bruta e do jeito que a gente gosta!

No dia anterior à nossa ida choveu muito e a trilha Hard do parque, a da Jibóia, estava extremamente escorregadia e isso aumentou a adrenalina na nossa turma. Ela é, inclusive, não recomendada em dias assim, mas a gente não ia perdoar nunca. Pura diversão. Boa de descer e desafiadora em subir. A volta dela é feita por uma subida (Zig Zag) de 1,2 km extremamente íngreme

Fiz 3 descidas nela e deu pra sentir bem as curvas, drops e raízes. Trilha realmente muito bacana!

As trilhas Sport e Pro (são 4 ao todo - Kids, Sport, Pro e Hard) são divertidas também, mas sem desafio técnico para os endureiros, mesmo assim, elas dão de 10 x 0 em qualquer estradão de terra.

O park ainda não conta com uma infraestrutura de chuveiros ou um bar, então vá preparado levando água, refeição e bebidas em geral. Existe uma churrasqueira que é possível reservar e já fazer um fim de semana de bike + carne com os amigos e para isso tem que levar tudo.

Outra cereja do bolo são as rampas. Pra turma do dirt, é um prato cheio. Não é a nossa praia então só brincamos nas com mesa e deixamos as com gaps para os entendidos no assunto.

O northshore com gap é muito bacana e um desafio para quem não está acostumado. Foi muito legal ver a galera vencendo o medo e se aventurando nas descidas.

Seguem algumas fotos do local:









 Vale sim a ida até lá para conhecer. Um video bem bacana do passeio:


E os detalhes das trilhas no Strava:


sexta-feira, 23 de setembro de 2016

7 coisas que os Especialistas em Emergências Médicas gostariam que você soubesse sobre quedas de bikes

Achei este artigo extremamente interessante e resolvi traduzi-lo para espalhar ainda mais a informação.
O original está aqui: http://www.bicycling.com/rides/safety-etiquette/7-things-emts-wish-you-knew-about-bike-crashes

Estas dicas podem salvar sua vida em caso de uma queda mais grave de bike

Se planeje
Não importa o quão bom piloto você seja, acidentes acontecem, e rápido. Mas com um pouco de conhecimento e algumas precauções, você pode impedir que uma situação ruim piore, diz Greg Martin, um bombeiro e experiente socorrista que presta assistência médica e efetua resgates em Ketchum, Idaho.

"Ciclistas estão acostumados a pedalar o dia todo e nada acontece", ele diz. "É fácil esquecer que às vezes estamos indo muito rápido e longe e mesmo um pequeno acidente pode se tornar um grande problema. Com um pouco de conhecimento e precauções podem ser fundamentais para mantê-lo salvo, mesmo quando algo ruim acontecer"

Aqui vão as dicas do que Martin está dizendo e que podem ajudar a diminuir os estragos e talvez até salvar a sua vida em um acidente de bike:

Cuide da sua cabeça


"Ferimentos na cabeça sempre trazem preocupações", diz Martin. "Sempre ouvimos sobre pessoas que esquiam e batem a cabeça, mas também pode acontecer com ciclistas. Alguém cai,  bate a cabeça, levanta e dá uma sacudida. Depois de um tempo se sente mal e não imagina que possa ter tido um derrame. Isso pode matar você, então é sempre melhor levar à sério impactos na cabeça:
Em uma rápida ligação para o Resgate (192), você ou outra pessoa deve dizer:

  • Capacete quebrado. Que significa que você bateu forte com a cabeça
  • Dor de cabeça. Não apenas a dor do impacto inicial, mas uma dor mais contínua que aumenta com o tempo
  • Perdeu a consciência. Se você desmaiar, é necessário verificar isso. Não deixe de ir ao hospital.
  • Confusão. Se você não sabe quem é o presidente (aqui no Brasil sempre muda, então melhor fazer outra pergunta... rs) ou por que está sentado no chão, melhor ir ao hospital.
  • Visão confusa. Se sua visão está turva ou fora de foco, definitivamente você precisará ir a um hospital
Aproveitando, fiz alguns post sobre capacetes:


Respire longa e profundamente

IMAGE BY JAMES HEILMAN, MD/WIKIMEDIA COMMONS

Dificuldade de respirar é sempre uma situação de emergência. "É muito comum as pessoas cairem e imaginarem que quebraram as costelas. Mesmo assim elas pensam 'Por que ir ao Hospital? O que eles farão?'", diz Martin. "Mas é preciso ir, porque uma costela quebrada pode perfurar o seu pulmão". Então a regra é, se quando você respira profundamente dói, vá ao hospital.


Verifique seu Abdome



Existem inúmeros tecidos e órgãos vitais na sua barriga e eles podem ter sido machucados com um impacto, principalmente do guião. Use as mãos para apalpar o seu abdome. Se existir alguma área mais macia que outra, você pode ter tido algum machucado mais grave. Se sua barriga ficar distendida ou muito firme, isso pode ser sinal de sangramento interno e você precisará de assistência médica urgente
Tivemos um caso desse com um amigo que após uma queda boba, bateu o guidão no fígado que sofreu uma dilaceração. Por sorte ele é médico e foi logo ao hospital, mas o caso foi bem sério e ele precisou de quase 60 dias sem esforço físico para se recuperar.

Estanque o Sangue

A menos que você seja um profissional treinado, esqueça das cenas que vemos em filmes sobre torniquetes bacanas ao redor do membro para estancar o sangue. O risco de você piorar a situação é maior. A melhor forma para lidar com um sangramento é fazer o básico dos primeiros socorros - pressão direta e contínua (de preferência com algo limpo) sobre a ferida. Mantenha assim até a ajuda chegar.


Não dê bobeira com sua coluna

IMAGE BY PUBLICDOMAINPICTURES/PIXABAY

Ferimentos no pescoço e na coluna são perigosos. Normalmente podemos verificar se estamos OK testando os dedos das mãos e dos pés. Obviamente, você deve ser capaz de sentir seus dedos, mas se ainda assim tiver algum formigamento ou alguma coisa ficar dormente, isso não é bom. Você pode ter tido algo na sua coluna. Tente também, devagar, virar sua cabeça 45 graus para a direita e esquerda. Se sentir algum desconforto, pare. Isso também é sinal de problemas na coluna. Procure imediatamente um hospital.



Deixe suas informações pessoais acessíveis

Se você usar sistemas como o Road ID , dog tags ou mesmo o sistema ICE (in case of emergency) presentes nos capacetes Bell, por exemplo, ou mesmo ter as informações no seu celular, isso irá ajudar muito a equipe de socorro e, talvez, salvar a sua vida, diz Martin. "Nós precisamos saber sobre medicações e alergias. Existem muitos remédios que não podemos ministrar se você for alérgico a eles e nós não ministramos se não temos certeza."
Os novos IPhones vêem com um app SAÚDE onde há um local para você preencher uma ficha médica e o pessoal da saúde têm acesso a ele mesmo sem desbloquear o telefone. "Nós sabemos como acessar o app se você estiver inconsciente ou fora de si, após uma queda.", diz Martin.

* nota do tradutor: os androids tb possuem o acesso ás informações de emergência e um jeito fácil e barato de deixar suas informações acessíveis é colocar tudo em um cartão, plastificar e deixar ele no bolso enquanto pedala. Funciona muito bem (vlw a dica Luiz Andrade)

Deixe uma mensagem ou um recado




Principalmente se for pedalar sozinho. Não leva 5 segundos deixar um recado ou enviar uma mensagem para um amigo ou quem você ama.
"Todos nós somos culpados disso," diz Martin. "Saímos para uma girada rápida e ninguém sabe onde estamos indo. Mesmo que for só alguns quilómetros de distância, se ninguém sabe onde você está é o mesmo que estar à centenas de quilómetros." Quanto mais longe e mais remoto for o local do pedal, mais importante ainda deixar essa mensagem.
Lembrem-se do filme 127 horas 


quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Se aposentar? Qualidade de vida? Largar tudo?


Começo esse post com essa foto. Ela foi tirada pela minha irmã que está na Nova Zelândia fazendo a viagem dos sonhos de, arrisco eu dizer, mais da metade dos habitantes do nosso planeta.

Ontem ouvindo à CBN o programa Dia a Dia da Economia com a Miriam Leitão, ela falou uma coisa que me deixou intrigado.

Ela presenciou uma conversa no avião de duas pessoas (52 e 48 se não me engano) que falavam sobre as mudanças na previdência e como eles estavam indignados com o governo, pois queriam se aposentar logo. Isso a deixou perplexa, pois nessa idade, ainda somos muito produtivos e o Brasil precisa mais de trabalhadores que de aposentados.

Sozinho no carro concordei imediatamente e ao mesmo tempo tive um sentimento de que, se eu pudesse, também me aposentaria (tenho 42). Me vi aí em um dilema e resolvi parar para analisar os fatos, minha vida e esse sentimento.

Hoje cheguei à uma conclusão e resolvi compartilhar.

Tenho quase certeza que o "rapaz" de 48 anos não quer se aposentar para receber sem fazer nada e passar a viver às custas do estado. Pelo menos não é esse sentimento que eu tenho ou que vejo em amigos que estão próximos da aposentadoria.

Todos querem continuar trabalhando, só que "naquilo que gostam" ou pelo menos com menos intensidade.

Analisando um pouco mais, percebi que o que as pessoas realmente querem é diminuir a pressão das contas no fim do mês. A preocupação com dinheiro

Temos uma carga de impostos altíssima de mais de 33%. Se somarmos ainda a conta dos serviços que essa carga tributária deveria nos fornecer (saúde, educação e segurança, por exemplo), com certeza chegaremos a 75% do orçamento doméstico.

Meu caso: dois filhos em escolas particulares para garantir um ensino melhor. O próprio governo admite isso quando oferece cotas em faculdades para quem estudou em escola pública.
Plano de saúde para a família toda e nem preciso explicar porque.
E a questão da segurança, já que a falta dela torna os meus seguros (residencial e automotivo) mais caros e praticamente me obriga a morar em condomínio fechado (adoraria morar na rua e não precisar pagar mais essa taxa)

Dos 25% que sobram tiramos as demais contas (alimentação, vestuário e transporte), quanto sobra para o lazer? Quando o governo acha que eu devo começar a me divertir? 65?

O ponto não é se aposentar para se divertir. Não quero ter uma vida tranquila quando tiver dificuldades de andar ou quando já não tiver mais condições para fazer uma caminhada por uma trilha.

As pessoas querem viver bem desde já e tenho certeza que pessoas felizes trabalhariam com prazer mesmo depois dos 65 anos. Vejo meu pai com 70 procurando emprego e ávido para ser produtivo. Primeiro por que ele precisa financeiramente e segundo por que ele gosta de trabalhar.

Poucas são as pessoas que se aposentam e realmente não fazem mais nada, aliás, essa é a melhor forma de adoecer mental e fisicamente. Ficar sem fazer nada!

Conversando com os amigos, tenho ainda mais convicção do que estou falando. Mais e mais pessoas querem vender tudo, simplificar a vida para viver melhor.

Na Austrália, soube que empregos que não exigem alto grau de escolaridade pagam o suficiente para que as pessoas vivam decentemente. É possível morar, se alimentar e, eventualmente, viajar.
Essas pessoas não andam em carros de luxo, é verdade, mas estão felizes com suas escolhas. Assim elas continuam fazendo a sua parte, trabalhando, contribuindo e o governo a parte dele, fornecendo infraestrutura, estabilidade econômica e serviços de qualidade.

Então o ponto principal é, não quero me aposentar para parar de trabalhar. Aliás, queria trabalhar até morrer. O que não quero é morrer de trabalhar, chegar no fim do mês e ter que fazer conta. Dizer não para algum desejo do meu filho porque "esse mês não dá" e mesmo trabalhando muito, ter a sensação de que a vida está passando e eu não estou vivendo

Quero fazer a minha parte, mas quero que o governo faça a dele e assim ter uma vida feliz, intensa e produtiva. Acredito que o problema da previdência, é bem mais embaixo e não um simples desequilíbrio entre despesas e receitas. É preciso repensar no modelo como um todo, mas isso fica para outro post.

Sobre repensar a vida, seguem mais algumas imagens da Nova Zelândia!






Abraços a todos

domingo, 18 de setembro de 2016

DH em Igatu - BA

Igatu é um cidadezinha com aproximadamente 500 habitantes. Fica a cerca de 40 km de Lençóis na Chapada Diamantina.
Já foi um dos garimpos mais ricos do país e hoje sobrevive do turismo.
O que eu sei é que lá tem um DH técnico de 11 km fantástico e muito divertido.

Fiz um video dos melhores momentos. Nenhum salto, nenhum drop sinistro, mas muita pedra, areia e uma paisagem estonteante!


Se quiserem mais detalhes da viagem completa pela Chapada Diamantina, segue o link:
http://www.moscajustforfun.com.br/2016/08/trilha-de-bike-pela-chapada-diamantina.html

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Oakley é Oakley

Do mesmo jeito que tenho post aqui me desgostando de algumas marcas que antes eram referência de qualidade para mim, tenho também que falar de marcas que, nos momentos críticos, se mostraram parceiras e honraram seu compromisso de qualidade do produto E satisfação do cliente.
Uma dessas marcas é a Oakley.
Assim como a finada (para mim) Timberland, sou fã de carteirinha desde início dos anos 90 quando comprei meu primeiro five


Depois desse tive outros 4, pois infelizmente fui roubado e acabei perdendo outros.
O fato é que a Oakley nunca me deixou na mão

Na mesma linha adquiri modelos mais sofisticados como o W square, o Dart, o Warden e o Inmate. Nenhum problema até então.

Recentemente, o meu Dart apareceu com uma coisa muito estranha na lente. Como se a camada de verniz estivesse descolando.


E esse são os óculos que eu só uso para sair!
Entrei em contato com a Oakley e disse que tinha comprado os óculos em 2012. Eles disseram que estava fora da garantia e eu insisti, pois mesmo fora da garantia, o problema parecia realmente algo do produto e não devido ao uso.

Pediram para enviar os óculos para eles para avaliação e, em menos de uma semana, chegaram outros novos (trocaram as lentes).

Então segue meu elogio à Oakley por ser a empresa que é, pelos produtos bacanas e pelo respeito ao consumidor! Com certeza continuarei um cliente fiel.

domingo, 14 de agosto de 2016

Trilha de Bike pela Chapada Diamantina - Oitavo e Nono dias

Acordei bem cedo pela manhã para tentar pegar um nascer do sol por trás dos morros da Chapada e fui frustrado pela neblina.
Ainda assim presenciei as atividades de diversos pássaros, entre eles um que acho lindo. O corrupião.


Nunca tinha visto ele solto na natureza. Conheci esse pássaro quando criança, pois ele aprende o nosso Hino Nacional e chega a dar arrepios ao o ouvir cantando! Com certeza está melhor agora que os que conheci em gaiolas.

Para corroborar com o quarto ruim, tivemos o nosso pior café da manhã também. Atrasou 1h atrapalhando a nossa programação e veio com cara de "alguém esqueceu de fazer compras".

Me enchi de leite com nescau e tapiocas e partimos para o pedal.

O trajeto agora seria de Pratinha à Lençóis. A galera já um pouco de bode, pois esse era o último pedal e já estávamos acostumando a pedalar todo dia.

Foram 45 km com 978 m de altimetria. Muitos trechos técnicos e um single animal. A chegada à Lençóis é excelente. Feita pela antiga estrada do garimpo ela é um misto de pedras, calçamento e valas. Foi ótimo fechar o passeio com esse trecho.
Aqui aconteceu uma coisa péssima. O meu edge 800 simplesmente apagou e não ligava. Não era bateria e eu não consegui mapear os últimos 15 km. Por sorte o resto do grupo estava rastreando a trilha e não fiquei sem os dados.
Depois descobri que o arquivo de atividade tinha sido corrompido e não era um problema no garmin efetivamente. Ufa! Mesmo assim fiquei sem os últimos 15 km.
Seguem as fotos:



Aqui o famoso morro do Camelo


Fizemos algumas paradas. O sol abriu e o pedal foi mais quente que os outros dias. Isso só reforça que não é uma boa fazer esse passeio no verão. Deve ser de rachar o côco.
Alguns pneus furados e novamente almoçamos no restaurante do morro do Pai Inácio




De lá era praticamente decida até Lençóis nos singles técnicos.



 Aqui uma linda vista dos famosos 3 irmãos:


Com o sol aumentando, foi o primeiro dia que fiquei sem água e tive que reabastecer em uma fonte. O guia me garantiu que era limpa e eu encarei! Realmente não deu nada e o sabor da água era muito bom!


Todos reabastecemos e fechamos o pedal inteiros, felizes, extasiados e ao mesmo tempo tristes de ter acabado o passeio!

Obrigado ao guia Zói que nos levou magistralmente por todos os caminhos mantendo a segurança e a diversão, além de nos dar várias dicas de fotos e locais!


Em Lençois, escolhi outro local para ficarmos. Hotel de Lençóis e foi um excelente bônus dada a última noite! escolhi bem? rs




No domingo de manhã, tínhamos algumas opções de passeios, mas preferimos curtir o hotel, acordar mais tarde e embalar as bikes!


Nesse processo, algumas dicas:
Não apertem os pedais demais na colocação senão vão sofrer depois
Tivemos um problema com a caixa de papelão. A etiqueta de vôo que foi colada nela soltou e ela ficou "sem dono" na conexão e com isso não foi para Campinas.
A Azul localizou a caixa e entregou no outro dia direto na casa do nosso amigo, mas o stress de não ver a bike chegar, não vale  o risco, então a dica é fazer uma alça de fita crepe na caixa para que as etiquetas não soltem.
Este foi o único contra tempo da nossa volta. A viagem realmente foi um sucesso total.

O relato do dia anterior está AQUI


E o STRAVA do passeio sem os últimos 15 km!

Trilha de Bike pela Chapada Diamantina - Sétimo dia

Depois de mais uma noite excelente, acordamos, tomamos aquele café da manhã, nos despedimos das meninas e saímos rodando em direção à Pratinha.
Foram 42 km com 632 m de altimetria. Nada absurdo. Umas duas subidas íngremes que tiramos de letra.


Antes de cair na trilha passamos pela bicicletaria do Jubileu (http://www.cantagaloecoaventura.com/). O cara é muito gente boa e tem uma bicicletaria muito simpática. Nos salvou com uma câmara 27,5" e outra 29", pois ninguém tem câmaras bico fino. Até achamos 26" (que serve em todas as rodas), mas nenhuma bico fino, então é bom levar um estoque maior que 2 "porcada" que foi o nosso caso.



Câmaras compradas e pneu consertado, partimos para mais uma travessia.
O trajeto pelo vale é lindo. Quase 100% dessa trilha são singles pouco técnicos, rápidos e divertidos. Passamos muito tempo andando em um cenário como esse abaixo e desfrutando da paisagem.
Algumas descidas não muito íngremes, mas longas, injetavam a adrenalina que nós do enduro precisamos para continuar pedalando.
O dia estava nublado, mas não estava frio. Pena para as fotos, mas excelente para o pedal.
Esse era o visual


Aqui em cima o "Morrão". Lindo. Praticamente de todo o Vale do Capão a gente o vê ao longe e foi massa passar bem ao lado


Uma última subida mais forçada e chegamos novamente ao Morro do Pai Inácio


Lá almoçamos um selfservice simples (incluso no passeio), mas bem gostoso.
Deixamos nossa marca registrada na janela do restaurante. Alguém acha ela? rs



Almoçados e com 1h de digestão, partimos para a Pratinha.
O trajeto continuava bonito mesmo sem sol para dar aquele UP nas fotos.
Outro local importante de passar, principalmente para gente viciada em doces, é na casa da D. Afra. Ela faz doces caseiros extremamente gostosos e famosos na região. Ela fica no vilarejo Campos de São João em Palmeiras!



O doce de Licurí e o de café são excelentes (estou escrevendo esse post comendo ele!). Como a gente não queria carregar peso, só provamos e deixamos a tarefa de fazer as compras com as meninas (esquemão.... eheheheh)

Seguimos por algumas estradinhas de terra e cortando por sítios bem pitorescos
Sempre importante respeitar as regras locais! rs

E finalmente chegamos ao rio de águas transparentes que torna a Fazenda Pratinha e a Gruta Azul tão famosos


Atravessamos ele com água na altura da coxa (para mim com 1,85m) e na altura do saco para os baixinhos... kkkkk
Logo depois chegamos ao nosso destino.


Como estava no fim do dia e um pouco nublado, as fotos não ficaram tão legais, mas acreditem, o local é lindo.
Eu queria fazer a flutuação dentro da caverna de qualquer jeito e embarquei mesmo sabendo que com a pouca luz, o passeio não seria tão bacana.
Achei caro. R$ 40,00 por pessoa por um passeio de 20 min. Eles te dão colete, snorkel, máscara e uma lanterna para entrarmos na gruta. São 170 m gruta adentro no breu total.
Com a lanterna é possível ver peixes e formações bem legais, pois a água realmente é cristalina.
A volta é incrível, pois com a luz na entrada da caverna e a infinidade de peixes, a visão realmente é muito linda.


O resto da turma fez a tirolesa e gostaram também.
Passamos mais um tempo nadando no rio antes de tomar um banho e nos preparamos para o jantar.
A pousada da fazenda é o Recanto do Major. De longe a pior pousada que ficamos.
Não ligo para coisas simples, mas a crítica foi com relação à sujeira. O banheiro estava bem ruim assim como os lençóis da cama com cara de já usados.
Jantamos um jantar simples também, mas muito gostoso. É uma pena o quarto ser tão ruim, pois o local é lindo e merecia mais carinho. Se voltar com certeza não irei ficar lá.

Fomos dormir para nos prepararmos para o próximo dia.

O relato do dia anterior está AQUI
e o do próximo dia AQUI