terça-feira, 30 de agosto de 2016

Oakley é Oakley

Do mesmo jeito que tenho post aqui me desgostando de algumas marcas que antes eram referência de qualidade para mim, tenho também que falar de marcas que, nos momentos críticos, se mostraram parceiras e honraram seu compromisso de qualidade do produto E satisfação do cliente.
Uma dessas marcas é a Oakley.
Assim como a finada (para mim) Timberland, sou fã de carteirinha desde início dos anos 90 quando comprei meu primeiro five


Depois desse tive outros 4, pois infelizmente fui roubado e acabei perdendo outros.
O fato é que a Oakley nunca me deixou na mão

Na mesma linha adquiri modelos mais sofisticados como o W square, o Dart, o Warden e o Inmate. Nenhum problema até então.

Recentemente, o meu Dart apareceu com uma coisa muito estranha na lente. Como se a camada de verniz estivesse descolando.


E esse são os óculos que eu só uso para sair!
Entrei em contato com a Oakley e disse que tinha comprado os óculos em 2012. Eles disseram que estava fora da garantia e eu insisti, pois mesmo fora da garantia, o problema parecia realmente algo do produto e não devido ao uso.

Pediram para enviar os óculos para eles para avaliação e, em menos de uma semana, chegaram outros novos (trocaram as lentes).

Então segue meu elogio à Oakley por ser a empresa que é, pelos produtos bacanas e pelo respeito ao consumidor! Com certeza continuarei um cliente fiel.

domingo, 14 de agosto de 2016

Trilha de Bike pela Chapada Diamantina - Oitavo e Nono dias

Acordei bem cedo pela manhã para tentar pegar um nascer do sol por trás dos morros da Chapada e fui frustrado pela neblina.
Ainda assim presenciei as atividades de diversos pássaros, entre eles um que acho lindo. O corrupião.


Nunca tinha visto ele solto na natureza. Conheci esse pássaro quando criança, pois ele aprende o nosso Hino Nacional e chega a dar arrepios ao o ouvir cantando! Com certeza está melhor agora que os que conheci em gaiolas.

Para corroborar com o quarto ruim, tivemos o nosso pior café da manhã também. Atrasou 1h atrapalhando a nossa programação e veio com cara de "alguém esqueceu de fazer compras".

Me enchi de leite com nescau e tapiocas e partimos para o pedal.

O trajeto agora seria de Pratinha à Lençóis. A galera já um pouco de bode, pois esse era o último pedal e já estávamos acostumando a pedalar todo dia.

Foram 45 km com 978 m de altimetria. Muitos trechos técnicos e um single animal. A chegada à Lençóis é excelente. Feita pela antiga estrada do garimpo ela é um misto de pedras, calçamento e valas. Foi ótimo fechar o passeio com esse trecho.
Aqui aconteceu uma coisa péssima. O meu edge 800 simplesmente apagou e não ligava. Não era bateria e eu não consegui mapear os últimos 15 km. Por sorte o resto do grupo estava rastreando a trilha e não fiquei sem os dados.
Depois descobri que o arquivo de atividade tinha sido corrompido e não era um problema no garmin efetivamente. Ufa! Mesmo assim fiquei sem os últimos 15 km.
Seguem as fotos:



Aqui o famoso morro do Camelo


Fizemos algumas paradas. O sol abriu e o pedal foi mais quente que os outros dias. Isso só reforça que não é uma boa fazer esse passeio no verão. Deve ser de rachar o côco.
Alguns pneus furados e novamente almoçamos no restaurante do morro do Pai Inácio




De lá era praticamente decida até Lençóis nos singles técnicos.



 Aqui uma linda vista dos famosos 3 irmãos:


Com o sol aumentando, foi o primeiro dia que fiquei sem água e tive que reabastecer em uma fonte. O guia me garantiu que era limpa e eu encarei! Realmente não deu nada e o sabor da água era muito bom!


Todos reabastecemos e fechamos o pedal inteiros, felizes, extasiados e ao mesmo tempo tristes de ter acabado o passeio!

Obrigado ao guia Zói que nos levou magistralmente por todos os caminhos mantendo a segurança e a diversão, além de nos dar várias dicas de fotos e locais!


Em Lençois, escolhi outro local para ficarmos. Hotel de Lençóis e foi um excelente bônus dada a última noite! escolhi bem? rs




No domingo de manhã, tínhamos algumas opções de passeios, mas preferimos curtir o hotel, acordar mais tarde e embalar as bikes!


Nesse processo, algumas dicas:
Não apertem os pedais demais na colocação senão vão sofrer depois
Tivemos um problema com a caixa de papelão. A etiqueta de vôo que foi colada nela soltou e ela ficou "sem dono" na conexão e com isso não foi para Campinas.
A Azul localizou a caixa e entregou no outro dia direto na casa do nosso amigo, mas o stress de não ver a bike chegar, não vale  o risco, então a dica é fazer uma alça de fita crepe na caixa para que as etiquetas não soltem.
Este foi o único contra tempo da nossa volta. A viagem realmente foi um sucesso total.

O relato do dia anterior está AQUI


E o STRAVA do passeio sem os últimos 15 km!

Trilha de Bike pela Chapada Diamantina - Sétimo dia

Depois de mais uma noite excelente, acordamos, tomamos aquele café da manhã, nos despedimos das meninas e saímos rodando em direção à Pratinha.
Foram 42 km com 632 m de altimetria. Nada absurdo. Umas duas subidas íngremes que tiramos de letra.


Antes de cair na trilha passamos pela bicicletaria do Jubileu (http://www.cantagaloecoaventura.com/). O cara é muito gente boa e tem uma bicicletaria muito simpática. Nos salvou com uma câmara 27,5" e outra 29", pois ninguém tem câmaras bico fino. Até achamos 26" (que serve em todas as rodas), mas nenhuma bico fino, então é bom levar um estoque maior que 2 "porcada" que foi o nosso caso.



Câmaras compradas e pneu consertado, partimos para mais uma travessia.
O trajeto pelo vale é lindo. Quase 100% dessa trilha são singles pouco técnicos, rápidos e divertidos. Passamos muito tempo andando em um cenário como esse abaixo e desfrutando da paisagem.
Algumas descidas não muito íngremes, mas longas, injetavam a adrenalina que nós do enduro precisamos para continuar pedalando.
O dia estava nublado, mas não estava frio. Pena para as fotos, mas excelente para o pedal.
Esse era o visual


Aqui em cima o "Morrão". Lindo. Praticamente de todo o Vale do Capão a gente o vê ao longe e foi massa passar bem ao lado


Uma última subida mais forçada e chegamos novamente ao Morro do Pai Inácio


Lá almoçamos um selfservice simples (incluso no passeio), mas bem gostoso.
Deixamos nossa marca registrada na janela do restaurante. Alguém acha ela? rs



Almoçados e com 1h de digestão, partimos para a Pratinha.
O trajeto continuava bonito mesmo sem sol para dar aquele UP nas fotos.
Outro local importante de passar, principalmente para gente viciada em doces, é na casa da D. Afra. Ela faz doces caseiros extremamente gostosos e famosos na região. Ela fica no vilarejo Campos de São João em Palmeiras!



O doce de Licurí e o de café são excelentes (estou escrevendo esse post comendo ele!). Como a gente não queria carregar peso, só provamos e deixamos a tarefa de fazer as compras com as meninas (esquemão.... eheheheh)

Seguimos por algumas estradinhas de terra e cortando por sítios bem pitorescos
Sempre importante respeitar as regras locais! rs

E finalmente chegamos ao rio de águas transparentes que torna a Fazenda Pratinha e a Gruta Azul tão famosos


Atravessamos ele com água na altura da coxa (para mim com 1,85m) e na altura do saco para os baixinhos... kkkkk
Logo depois chegamos ao nosso destino.


Como estava no fim do dia e um pouco nublado, as fotos não ficaram tão legais, mas acreditem, o local é lindo.
Eu queria fazer a flutuação dentro da caverna de qualquer jeito e embarquei mesmo sabendo que com a pouca luz, o passeio não seria tão bacana.
Achei caro. R$ 40,00 por pessoa por um passeio de 20 min. Eles te dão colete, snorkel, máscara e uma lanterna para entrarmos na gruta. São 170 m gruta adentro no breu total.
Com a lanterna é possível ver peixes e formações bem legais, pois a água realmente é cristalina.
A volta é incrível, pois com a luz na entrada da caverna e a infinidade de peixes, a visão realmente é muito linda.


O resto da turma fez a tirolesa e gostaram também.
Passamos mais um tempo nadando no rio antes de tomar um banho e nos preparamos para o jantar.
A pousada da fazenda é o Recanto do Major. De longe a pior pousada que ficamos.
Não ligo para coisas simples, mas a crítica foi com relação à sujeira. O banheiro estava bem ruim assim como os lençóis da cama com cara de já usados.
Jantamos um jantar simples também, mas muito gostoso. É uma pena o quarto ser tão ruim, pois o local é lindo e merecia mais carinho. Se voltar com certeza não irei ficar lá.

Fomos dormir para nos prepararmos para o próximo dia.

O relato do dia anterior está AQUI
e o do próximo dia AQUI

sábado, 13 de agosto de 2016

Trilha de Bike pela Chapada Diamantina - Sexto dia

Acordamos cedo, tomamos um café da manhã bacana , mas que confesso esperava mais por ser uma pousada tão top. Tinha pouca variedade de frutas e bolos. Tudo bem que a falta de variedade era muito bem compensada pela qualidade. Tudo muito gostoso.

O dia era de hiking com o grupo todo. No início um pouco chateados de não pedalarmos, mas depois de dois dias de pedal intenso, até que uma folga para as pernas foi bem vinda.

A trilha é a da famosa cachoeira da Fumaça. Outro cartão postal da Chapada Diamantina.
Partimos de carro até o início da escalaminhada onde recebemos um "lanche de trilha", pois não tem lugar para almoço nesse passeio.

São 12 km de ida e volta da entrada do Parque até a Cachoeira. 350 m de altimetria para subir e depois os mesmos 350 m para descer que judiam bem dos joelhos. Aqui é fundamental um bom tênis de trilha, pois a subida é sobre as pedras e um corta vento. Lembrando que fomos no inverno para garantir o período de estiagem.

O passeio todo dura por volta de 5 hrs

O ponto ruim de ser no inverno é que as cachoeiras estão mais secas e não tão bonitas, o ponto bom é que andamos em vários leitos de rios que não seriam possíveis de serem visitados na época das cheias. Sem mais rodeios, seguem as fotos do local! Não percam esse passeio também




É impressionante ver o vento trazer a cachoeira para cima.



Aqui a garganta dela. Em épocas de cheia, é impossível chegar aqui.


Toda a altura de 380 m. Dá vertigem olhar para baixo






Na volta demos uma girada pelo centrinho da cidade que é a maior comunidade rastafari do Brasil, então encontramos um monte de gente diferente e com costumes diferentes. Foi muito legal.


De volta à pousada para mais uma noite tranquila e gostosa ao redor da lareira com uma excelente e divertida conversa! Dia perfeito!

O dia anterior está AQUI
e o próximo dia AQUI

Trilha de Bike pela Chapada Diamantina - Quinto dia

Trilha de Guiné ao Vale do Capão! CARA! Que trilha é essa?!
Se eu tivesse que escolher um dia só de trilha, com certeza seria esse. MEU DEUS!
34 km com 717 m de altimetria. Praticamente 100% de singles técnicos e um dos visuais mais estonteantes da Chapada.
Mas vamos do início.
O dia anterior foi no vale dos espinhos, ou seja, furamos quase todas as câmaras e mais de uma vez. Passamos um bom pedaço da noite remendando pneu.




Pela manhã pegamos um lanche de trilha e saímos rodando da pousada sentido trilha dos Aleixos.
Um vento de frente terrível segurando a bike até nas descidas. Essa hora senti falta de um corta vento, pois tinha decidido só ir com a camisa de manga longa e o erro que me rendeu um refriado.
No fim da trilha chegamos à subida! Olha a piramba que tínhamos que subir:



A operadora já havia contratado uns carregadores para as bikes e nos deram a dica de levar um tênis extra para não ter que fazer uma escalaminhada de sapatilha. Dicas excelentes. Depois de 30 minutos estávamos no topo. Trocamos as sapatilhas e os carregadores desceram com os tênis até o carro.


Esse visual é muito bonito, mas o dia não estava ajudando. Uma neblina densa teimava em esconder a beleza da Chapada. O vento era muito forte baixando muito a sensação térmica. Fizemos alguns registros e partimos para o pedal



Ainda um pouco frustrado de não ter o máximo do visual, seguimos pedalando em um terreno molhado, com várias poças d'água, pedras lisas e uma lama preta que encardiu tudo.



Outro ponto belíssimo desse passeio que perdemos devido à neblina e à chuva foi o Mirante do Paty.
O visual é esse aqui, mas a foto não é minha. Peguei na internet


Conseguimos ver muito pouco disso aí e a única foto que consegui foi essa:

Chateadão de ter perdido esse visual, continuamos seguindo. O frio era grande e o besta aqui não levou corta vento, então o nariz estava terrível prejudicando muito a respiração.
Com calma o tempo foi abrindo. Pegamos algumas decidas técnicas nas pedras molhadas o que aumentou o desafio e tombos foram inevitáveis. Felizmente ninguém se machucou e foram só risadas.

Existe um trecho chamado Quebra Bunda. Este trajeto era feito antigamente com o gado e os bois que caíam nele quebravam os ossos do quadril e eram sacrificados por isso, então dá pra imaginar o que é o negócio. "Indescível" pedalando. Empurramos a bike morro abaixo por quase 40 minutos, nas pedras molhadas e de sapatilhas. Punk!
Com o tempo abrindo, dei alguns clicks legais:


Chegamos a um dos lugares mais bonitos até então. A entrada do Vale do Capão e é esse o visual



Ficamos pelo menos uns 20 minutos admirando antes de descer o DH mais técnicos de todos os 8 dias de viagem.

A decida é toda em mata fechada com muitas pedras, drops, facões e tudo o que der para imaginar em um trecho de floresta. Aqui é bom estar com os pneus bem cheios para evitar o snake bite ou usar selante. Essa decida me rendeu dois pequenos amassados na roda e um câmbio entortado, mas valeu tanto a emoção que confesso que não fiquei triste.
Que delícia de trilha.
Uma dica. Existe muita vegetação batendo na canela, então uma meia mais longa ajuda a não ficar com a perna toda lanhada de mato. Eu não usei e trouxe as marcas para casa... rs
Uma vez embaixo, tocamos para a Pousada do Capão que é com certeza o melhor local para se ficar no Vale do Capão.
A pousada é deliciosa, bem aparelhada, com pratos gostosos, uma lareira na sala de estar que nosso grupo dominou, um chuveiro excelente e uma cama melhor ainda! Definitivamente, duas noites fantásticas lá.
Um pouco da pousada



Como a lama pegou pesado com as nossas relações, antes de tomarmos um banho fomos dar um trato na bike.  O WD foi fundamental aqui e depois daquela lavagem, usamos ele para tirar a humidade de tudo. 30 minutos depois, as magrelas estavam perfeitas e prontas para outra rodada.

Fim de dia de pedal

Detalhes do dia anterior AQUI
e do próximo AQUI