sábado, 23 de novembro de 2013

BMX Explorer


Bom, a foto aí em cima ilustra o estado que chegamos! Não senti nem fome quando cheguei em casa de tanto barro que comemos!
Vamos voltar ao pedal que teve de tudo um pouco!
No sábado passado, vimos de longe umas estradas (ou quase) de um lugar diferente! Combinamos de neste sábado, fazer um pedal explorer e descobrir como chegar e sair de lá!
A ideia era fazer o BMX, descer o paralelepípedo e atravessar o rio (de preferência sem se molhar) para explorar a fazenda que fica na outra margem!
No caminho alguns looks interessantes!

A cerca atravessou o eucalipto quase que na sua totalidade e é impressionante como a plasticidade da árvore mantém ela viva e saudável (na minha opinião de leigo)! Só é triste de ver e dá uma impressão ruim!
Chegamos à pedra grande com o céu bem nublado! A chuva estava avisando que não tardaria a chegar! Como a previsão era de chuviscos o dia inteiro, estávamos no lucro, pois ainda não tinha caído 1 só pingo!
Na pedra resolvemos descer pelo lado mais técnico, carinhosamente apelidado de "cabrito"... quem já foi lá sabe o porque!
Enfim, eu tenho um histórico muito ruim no cabrito! Todas as vezes que fui lá, alguma coisa aconteceu! E hoje não foi diferente!

Agora as coisas boas do acidente!
Primeiro, a camisa resistiu muito bem. Não rasgou e graças a isso o ombro não teve muitas lacerações (aliás quase nada), foi só a porrada mesmo! Investir em uma boa camisa é importante. A beleza deve ficar em segundo plano!
A joelheira desempenho um papel fundamental!
Com certeza teria várias lacerações no joelho! Então reforço o uso delas! Garanto que com 2 ou 3 pedais, vocês vão esquecer que estão usando!
Outro ponto foi tomar um analgésico logo após a queda!  Isso garantiu um fim de pedal sem sofrimento!
Continuamos o percurso e ao chegar no rio, procuramos o ponto de passagem!
Como o rio ainda está baixo, conseguimos passar sem molhar as sapatilhas!


O lugar é muito bonito! Apesar de ainda não confiar na água, pois ela vêm de Morungaba e não acho que lá exista 100% de tratamento de esgoto, é sempre legal tirar umas fotografias! O que é uma pena, pois o visual é lindo e a água muito convidativa!


Enfim, chegamos à outra margem e após atravessa um mato alto, alcançamos uma estrada!
A primeira surpresa foram carrapatos!
Os 3 saíram do mato com pelo menos 2 ou 3 nas pernas!
10 minutos de investigações depois e nada mais achado, finalmente a parte "explorer" do pedal começou!
Decidimos investigar primeiro a possível entrada SEM passar pelo rio e por isso viramos à esquerda!


Subimos muito! Chegamos a ficar mais altos que as antenas da Embratel (dava para ver a ponta de uma delas) e exploramos cada uma das estradas da fazenda!
Quase 2 horas depois e várias estradas sem saída, concluímos que elas realmente não levam a lugar nenhum! São estradas de apoio à extração do eucalipto! A vantagem foi que a descida de volta até o ponto inicial tornou-se maravilhosa e recompensadora!
Não era técnica o suficiente para termos que descer devagar e nem estradão que desse para relaxar!
Sendo assim, voamos baixo! quase 2 horas para subir tudo e em 4 minutos estávamos no ponto inicial!
Seguimos em frente e caímos em uma fazenda extremamente bem cuidada!


Lá encontramos o caseiro que não deu pulos de alegria ao ver 3 ciclistas "perdidos" dentro da propriedade!
Fica a dica para não entrar lá, pois, ao contrário das trilhas mais conhecidas da região, esse pessoal não está acostumado com invasores e não são muito tolerantes!
De qualquer forma, nos foi permitido passar e chegamos novamente à ponte queimada!
Já no caminho para o Armazém Rural, a chuva chegou, fina, mas chegou e a melequeira coroou o fim do pedal!
Comemos aquela coxinha bacana regada a um delicioso suco de maracujá.
A volta pelo pesqueiro deu pra encher a barriga com bastante barro também! Fechamos o pedal imundos e satisfeitos!
Bikes na segunda para revisão! e sábado que vem tem mais!

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Bocaina com os filhos

Há muito tempo, meu caçula vêm me pedindo para que eu o leve para a trilha. Ele tem 10 anos e sempre tive receio. Não temos trilhas fáceis. Se não o levar para um local interessante, pode ser que ele não se entusiasme com a pedalada e perco um futuro parceiro! As trilhas legais ou são perigosas para alguém muito novo, ou são muito duras... então esse sempre foi o meu dilema!
No pedal do dia anterior, um biker me contou que leva o filho de 9 anos para as trilhas e que o garotinho vai bem. No ritmo dele, mas fecha as trilhas e sempre quer mais! Então resolvi arriscar!
Visando empolgar todo mundo, distribuí mochilas de hidratação, luvas e gel para a molecada que logo se sentiram bikers de verdade!

O mais velho tem 14 e o mais novo 10. Escolhi a Bocaina, pois a trilha é relativamente tranquila e tem partes bonitas e desafiadoras para os novatos!
Partimos de um ponto mais atrás que o padrão (posto desativado), pois esses 2 km iniciais são ótimos para aquecer as pernas!
É claro que as primeiras subidas foram seguidas de alguns lamentos, mas nada que umas palavras de força não resolvessem!



Depois do meio da trilha, onde o visual fica bacana e as pedras e poças de lama fazem o passeio realmente ficar com cara de aventura, acabaram se as lamentações e foi só diversão.
A grande surpresa foi ao chegarmos à usina de Salto Grande. Enquanto descansávamos, um funcionário chegou e nos permitiu fazer uma visita rápida à usina. Pedalo na região há mais de 15 anos e nunca tive essa oportunidade!
Resultado, ganhamos uma olhada, algumas fotos e explicações interessantíssimas sobre a história da usina e do seu funcionamento.
Foi muito legal ver o pequeno vendo de verdade aquilo que ele aprende nos livros de ciências da escola!




Depois de 36 km, gel, banana e muuuuita água (os caras parecem camelos), fechamos o pedal.
Todo mundo inteiro e o mais importante, querendo voltar... eheheh
Ambos não pedalam frequentemente e isso prova que a trilha da Bocaina realmente é o melhor local para levar os iniciantes e inserir o vírus da bike na corrente sanguínea deles e esperar a reação. Existirão aqueles que possuem anticorpos contra o vírus e muito provavelmente nunca mais pedalarão. Esses são excelentes para comprar as bikes novas com pouquíssimo uso! ;)  Aqueles que o vírus realmente infectar, dificilmente deixarão de pedalar, pois o prazer e a sensação que a trilha proporciona a quem se dispõe a desbravá-las é indescritível!

domingo, 10 de novembro de 2013

Trilha da Placa - Japiapé

Fomos conhecer a "Trilha da Placa". Ela fica em Cajamar e vou te falar! Duríssima!
O nome é devido essa placa que fica no topo de uma montanha que parece o Everest!
Pra se ter uma ideia, essa placa serve para ajudar aviões comerciais em suas manobras... imagino que de aproximação para Viracopos!
Enfim, até chegarmos nela, o bicho pegou!
Mas vamos do começo!
Chegamos na fazenda Japiapé pontualmente às 8h00!


É claro que com um grupo grande, sempre achamos coisas diferentes!
Olha o que eu encontrei!


Isso mesmo, uma RANSOM. A galera que me conhece sabe da minha história com essa bike! Ela foi a responsável pela minha mudança de hard para full. É uma pena a SCOTT não fabricá-la.
É brincadeira o que essa bike atropela de buraco! É literalmente uma bike de DH que dá pra fazer subida! rs
Voltando à nossa trilha, esse percurso que fizemos tem meros 19km. Cheguei a questionar se valia à pena despencar de Campinas até quase São Paulo para rodar tão pouco! Adianto que valeu muito à pena e AINDA BEM que são "só" 19 km. Se fossem mais, acho que não aguentaria!
São 900 m de altimetria total. Desses 750 m nos primeiros 10 km.
Ao contrário da Pedra Grande onde subimos tudo e depois descemos, esse percurso intercala subidas e descidas fortes e técnicas o tempo todo!
Depois da primeira escalada, fomos agraciados com um visual bonito!



A tal placa, depois de muita subida, deu as caras... olha ela aí embaixo... eheheheh
É lá que a gente tinha que chegar!
A turma era diversificada, então parávamos sempre para reagrupar.




E da-lhe subida! A maioria delas com muitas pedras e facões, pois esse trecho é muito frequentado pela turma das motos também. Foi interessante ver as reações deles quando viam a gente chegando nos picos de bike!

Infelizmente a extração dos eucaliptos acabou por fechar alguns trechos e perdemos duas descidas bem legais por estarem fechadas pelas toras. Nesse caso tivemos que carregar as bikes na descida.
Nos trechos mais técnicos, quem abusou um pouco acabou por passar algumas escrituras e compraram terras ali mesmo!


Menos mal que foram só sustos e escoriações leves. Nenhum tombo grave, nem cobra, abelha ou qualquer outro percalço mais sério.
Depois de descermos tudo o que havíamos subido até agora, começamos a escalada do segundo morro (eram 3). Nesse alcançaríamos uma antena de celular.
Fomos agraciados com mais um visual muito bonito depois e queimar tudo que era músculo das coxas!



Depois de passar pela antena da VIVO, tocamos para o terceiro e último morro. O da Placa!


 Na descida, enfrentamos um trecho muito técnico. Pedras soltas, grandes e pequenas e muitos facões. Algo parecido com o Comandos em Ação um pouco mais hard!



Não foram todos que conseguiram descer e mesmo quem empurrou teve trabalho! Mas a adrenalina foi bem bacana!
Como sempre rola um bicho diferente, achamos uma formiga que parecia um caranguejo. Essa aí fura até pneu se pegar de jeito!
Depois de mais uma piramba animal, chegamos a bendita "placa".







Olha a antena da vivo "lá embaixo".
A descida desse morro também foi altamente técnica! Acredito que uma das mais técnicas e rápidas de todo o pedal.
É claro que eu não carreguei a bateria da contour e com isso ficamos sem filmagem! 
Me lembrou o trecho da Limeira que fizemos na Trilha da Petrobrás.
Descemos por 5 minutos e ao olhar para trás, dava pra ver como a placa estava longe!
Ela está de lado e é esse ponto mais alto que as árvores.
Cheguei a pensar que as pastilhas tinham ido embora nessa descida. Nesse caso dá pra ver bem a diferença entre os antigos elixir e os atuais XT com dissipadores de calor.
Além de não ficar com a mão doendo de frear, os discos não chegaram a ficar azuis como acontecia em descidas como a de Morungaba!
Pedal fechado e devido ao grande número de paradas, acabamos tarde (13h30), mas a satisfação foi grande. Foram os 19 km mais doídos até hoje!
Não recomendo que ninguém vá sozinho ou pelo menos sem um GPS. Como as motos andam muito por lá, o trajeto principal é todo entrecortado por trilhas que acabam fazendo laços na via principal. De moto isso é muito bacana, mas de bike, não dá pra explorar tudo e se perder ficaria muito fácil. Chegamos em trechos que tinham 4 opções diferentes para seguir!
Olha como ela ficou no Garmin.

Até a próxima trilha!