quarta-feira, 11 de julho de 2012

Review Fox Talas 32 120-150mm

Após pouco mais de 7 meses de uso, já posso passar algumas opiniões sobre a Fox Talas 32!
Em termos de amortecimento não vou me alongar, afinal é uma FOX. Achei fantástica.
O sistema do eixo 15QR é diferente e fez com que os suportes do carro não pudessem mais ser usados. Já vi no mercado algumas soluções que "convertem" um suporte no outro e para mim a  melhor opção foi construir com a ajuda de um amigo um conversor onde aproveitei o meu suporte atual de blocagem. Ficou muito bom e barato em termos de materiais, mas esse assunto vai ficar para um outro post!
Voltando à FOX, achei ela muito macia e o curso de 150 mm excelente. A minha Trek Remedy 8 passa muita confiança nas descidas mais íngremes e com buracos.
Como a Talas conta com o ajuste 150 - 120 mm, é possível reduzir o seu curso para as subidas. Uso bastante o recurso e ele ajuda sim, mas confesso que sinto a bike mais pesada quando faço isso. É normal porque o centro de gravidade muda e como a Remedy possui um ângulo do Head Tube bem agressivo, esses 3 cm a menos na frente dela acabam deslocando o seu corpo e mudando o estilo de pedalada. A mudança é tão nítida para mim, que só uso a redução em subidas íngremes mesmo. As subidas normais (não consigo precisar o ângulo delas para ilustrar, mas imagino que isso é mais uma questão pessoal que de números) eu faço apenas o travamento e mesmo isso só quando vou pedalar em pé. Caso contrário, deixo a bike solta e confortável (lembrem-se... pedal "for fun").
O funcionamento da trava é bem simples. Você gira ela no sentido horário 1/4 de volta e já no primeiro impacto que a suspensão descer, ela volta só até os 120 mm. Gostei muito mais deste sistema que o de catraca usado na RockShox J4 antiga, onde era preciso girar bastante para descer a suspensão. Tudo bem que ela ia de 120 mm até 80 mm, mas não era uma tarefa simples de se fazer montado e andando como é na Talas.
Para soltar é o mesmo processo, só que a suspensão (por estar com carga) não volta imediatamente. Ou você deixa ela trabalhar e voltar  normalmente o curso total ou simplesmente dá aquela "empinada" para que ela "estique".
Esta Talas não (e confesso que não sei porque não), mas em geral elas vêm com o Kashima como a da foto. Kashima é o tratamento feito no alumínio para que ele fica mais liso e com isso diminua a resistência nos retentores e melhore a performance de amortecimento. Sua característica mais marcante é esse dourado nas canelas. Olhando na web, o lance parece realmente ser revolucionário. Como a minha suspensão anterior não era Fox, não consigo opinar neste quesito, pois não tenho base para comparação.
fox racing shox slick technology 2011   Fox Racing Shox Use Slick Technology in 2011
Sobre as "features", é claro que a suspensão conta com o ajuste de rebound e o lockout, mas esses já estão tão básicos que até as suspensões mais simples têm essas funcionalidades!
A regulagem do SAG  foi feita seguindo o manual e depois ajustei para a minha preferência (aumentei um pouco a pressão recomendada e deixei o rebound mais rápido também). A nota final para mim é 10. Não tenho realmente nenhum ponto contra.
Alguns já comentaram sobre o peso da suspensão ser maior que os outros, mas este não é o fator primordial para quem pratica All Montain. Talvez pra turma do Cross Country acostumados com bikes leves. As All Montain, pela robustez, já são mais pesadas (a partir de 13 kg) e ter uma suspensão que responda à altura do estilo, vale com certeza algumas gramas à mais!


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